domingo, 2 de maio de 2010

Senhora dos meus desejos.

Senhora de meus desejos.

Busco seus olhos nos de outras mulheres.
Desejoso do brilho mortiço que me aprisiona.
Seu sorriso é meu guia, em momentos vazios de sua presença.
A sua imagem nua e límpida, atiça minhas paixões e desejos.

O toque de seu corpo plastificado no meu, seu jeito doce e feminino.
Hora devassa e insaciável, hora menina carente em meu colo.
Monto e remonto em espectros nossos momentos, história de lacunas e impossibilidades.
Conta-me em silêncio seus medos e desejos, eu apenas escuto, perdido em doce melodia.

Suas imperfeições a tornam mais bela, sua indiferença estimula minha curiosidade.
Sofre e sofreu, pois nasceu em mau dia. Apesar de indiferente, imagino-a tolamente apaixonada.
Faço de meu tesão seu escudo; de minha vida doce oferenda.
Permito-me o risco da perda, permito-me a incondicionalidade do amor.

Sua juventude me cria e recria, tenho fantasias poderosas e perigosas.
Nasceu para proporcionar prazer aos obcecados, mas mais obcecado do que eu jamais encontrou.
Faço a você poema da carne, carne essa que jamais chegou a ter.
Amo-a sem limites, busco em polestirenos alma, pois por uma boneca de borracha me apaixonei.
*
Vassalo das Letras.

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