segunda-feira, 31 de maio de 2010

INFLAMA, QUEIMA, ARDE...

A mão que afaga o grelo,
E a mesma que segura o seio.

Os bicos fisgam,
Querem ser sugados.

O grelo pisca ...
Quer ser massageado.

A mão bem faz o trabalho ...
Ela fica satisfeita.

Goza como louca!

Depois se deita,
Seu sono é tranquilo.

Mas por outra mão é instigada, Mão da Pessoa Amada.

Ele a toca, acorda,
A loba que nela há.

São completos juntos:
Luxúria e amor, não estão no quarto.

Ele a faz refém, prende seus braços,
Em suas ancas bate.

Faz dela o que bem quer.
Ela qosta, se sente mais mulher.

Mas ela quer mais, muito mais:
Que Ele ágora, Refém Seja.

Quer ter suas rédeas firmes.
Isso faz lhe bem.

Muitas vezes ela é uma presa,
Mas vez por outra, e a dona.

Inflama, queima, arde.
Da mulher, a xana.

Ela pede mais uma vez:

"Me chupa, lambe, cavalga.
Morde, arranha, beija.

Me faz tua musa,
A vadia, que Você tem todos os dias ... "


*
Fátima Abreu.

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