segunda-feira, 24 de maio de 2010

AH, AMOR MEU...


Ah, amor meu
como foi selvagem
o amor seu...
marcas das mordidas
arranhões, quase feridas...
ah, amor meu
descontrolou-se eu sei
diz que não tem fêmea como eu
de desejo, se deu...
ah, amor meu
queria que fosse eterno
nosso enlace
e nós dois juntos na cama,
de pernas entrelaçadas
em vai e vém alucinado
deixar o gozo chegar...
e te chamando entre meus gemidos:
louco, desvairado!
ah, amor meu
quando estamos assim,
carne a carne unidos,
parece que o mundo lá fora
fica pequenino
diante do prazer total
que temos,
no sexo, que fazemos...
ah, amor meu
que meu corpo tanto clama
arde...
quando olho teu corpo nu
estirado na cama
ah, amor meu
fico excitada de olhar
tua nudez assim!
prontinho, já pra mim...
ah, amor meu
quando teu membro teso,
de mim se aproxima.
voluptosamente
explora a minha vagina...
ah, amor meu
fica louco, perde a razão
sabendo do meu enorme tesão...
me quer como uma prostituta
uma vadia qualquer
fantasiamos assim
e me sinto mais mulher...
ah, amor meu
que um dia me conheceu
e desse dia em diante
viramos amantes...
ah, amor meu
e nossas línguas se procuraram
em beijos desvairados...
as pessoas que passavam
nos fitavam, então:
deveriam imaginar
como era forte, nosso tesão...
ah, amor meu
e por pouco não fizemos amor ali:
na frente de todos que passavam,
seríamos presos e levados...
ah, amor meu
não conseguimos mais nos largar
e o sangue quente
ardia, queimava
e eu gemia...
ah, amor meu
naquele momento
fizemos amor
até por pensamento!
ah, amor meu
eles nem imaginavam
que em nossos beijos, gemidos
mordidas e amassos
já gozávamos, ali mesmo na rua
e minha calcinha minúscula
estava molhada...
e você a arrancou e cheirou
quando em casa, enfim chegou...
*
Fátima Abreu.

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